Tem certas dores
que dão de repente
não tem quem aguente.
Dor de barriga
é a acrobata lombriga
dançando escondida?
Dor de ouvido
é o travesso mosquito
zanzando, zunindo?
Dor de dente
é o teimoso pica-pau
tamborilando na gente?
Dor de cabeça
é a sábia suindara
rasgando mortalha?
Dor de garganta
é a aranha arteira
tramando a sua teia?
Pra dor sarar
que tal um beijinho
e muito carinho?
Lou Vilela
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quarta-feira, 16 de setembro de 2015
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Mensageiro dos ventos
vem pulsar uma viola sob
noite enluarada,
ouvir grilos, vagar lume?
há dias em que até as pedras
cantam poemas: a natureza
explode em exuberância!
e o poeta (in)venta
: faz da pena um moinho
Lou Vilela
Cavalo domado
o medo, aquele intruso
surge sem avisar
quer brincar de estátua
a todos paralisar
aprendi com o vaqueiro
cavalo bravo domar
monto no medo, pego as rédeas
disparo a galopar
segura peãoooooo!
Lou Vilela
Amiga prazenteira
a mente é peralta
de quietinha nada tem
pula, corre, rodopia
constrói seu vai e vem
ajuda nas tarefas
nas escolhas, no dia a dia
é amiga prazenteira
vive fazendo folia
alimenta-se de sabores
de cores, do imaginar...
tudo que aprendemos, sentimos
e que nos possa saciar
Lou Vilela
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Agarradinhos
Conhecem a jabuticaba?
Vejam, que belo exemplar!
saborosas, suculentas
crescem juntas, sem brigar
-- parecem irmãos que se amam.
Tenho amigos sapoti,
maçã, carambola, melão
alegres, coloridos
agarradinhos em meu coração
-- sou um pé de jabuticaba.
Lou Vilela
domingo, 9 de junho de 2013
sábado, 6 de outubro de 2012
Cadê o dono?
Para Pedro
Henrique
De quem é o sino?
É da mimosa
- Vaca charmosa.
E a coleira?
É do radar
- Cão de guarda espetacular.
E o carrinho?
É do João
- Amigo-irmão.
E a boneca assanhada?
É da Maria
- Menina-alegria.
E o chapéu?
É do valente cowboy
- Meu herói.
E o avental?
É da sublime poesia
- Meu anjo-guia.
É chocolate quente
Aquece o coração de toda a gente.
Lou Vilela
Recife, 29/06/08.
A menina buliçosa
a menina buliçosa
olhou, mexeu, sentiu
aprendeu o segredo das coisas
pulou, dançou na lousa
tanto fez que conseguiu
desabrochou como rosa.
Lou Vilela
Recife, 14/07/09
A princemiga e a formicesa
Para Rose e Taci
A formicesa trabalhava
dia e noite, noite e dia.
A princemiga se enfeitava,
comia e dormia.
A princemiga em um dia de sol,
seguiu a formicesa...
“tão pequenininha, carregando a comida.”
Sentiu um orgulho imenso, com ela aprendeu.
O tempo passou, a princemiga cresceu.
Mudou tanto que ficou
com jeitinho de formicesa.
E não é que a princemiga
tinha ficado mais linda?
Lou Vilela
Recife, 29/06/08
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Poesia,
releitura
Ritmos e rimas
Ciranda, Antonio Poteiro
Vista um sorriso colorido
Venha pra rua brincar
Escolha o ritmo da dança
A rima pode inventar
Escolhi uma ciranda
Ciranda vem cirandar
Na roda da Lia* ou
na minha
O que importa é dançar
O menino de azul
De tímido, nada tem
Escolheu o maracatu
E chamou-me de meu bem
A professora Filó
Entrou na brincadeira
Escolheu o carimbó
E balançou as “cadeiras”
O filho de Sr. João
Comeu, encheu a pança
Pra dançar bumba-meu-boi
Tem que ter muita sustância
Com gaita e bombacha
O gaúcho surgiu
Sapateando a chula
A turma aplaudiu
Vamos? É a sua vez
Dance, rime à vontade
Do Oiapoque ao Chuí
Não importa a idade
Lou Vilela
Recife, 15/02/09.
* Cirandeira de Itamaracá, ilha
perto de Recife. Maria Madalena Correia do Nascimento ou Lia, como é conhecida,
canta e compõe desde a infância. Seu repertório inclui coco de raiz e loas de
maracatu, além de cirandas.
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